Porque todo mundo está contratando, mas ninguém está sendo contratado?
Está no ar a edição 004 da 3x4. A inteligência artificial dos recrutadores, a felicidade do Schumacher, o dia mais incrível da música? e muito mais.
Que tal uma música para acompanhar?
The Winery Dogs - I’m no Angel
Se você passar dois minutos no LinkedIn, vai perceber que tem coisas ali que estão fora do lugar. Não, não estou falando de fanfics ou positividade tóxica. O tema é emprego mesmo. São centenas de empresas oferecendo emprego e mais um monte de pessoas procurando. Mas o fit não bate.
Essa reportagem da Vox, com o sugestivo título "Porque todo mundo está contratando, mas ninguém está sendo contratado", traz respostas interessantes para essa pergunta. Uma delas é essa:
"Por mais que os empregadores digam que procuram muito os empregados, muitas vezes não procuram nos lugares certos ou da maneira certa. Os departamentos de RH estão se apoiando muito na tecnologia para eliminar os candidatos, ou simplesmente não estão sendo criativos o suficiente em termos de como consideram as candidaturas e quais tipos de pessoas poderiam se encaixar corretamente.
A contratação de software e a proliferação de plataformas como o Even, LinkedIn e ZipRecruiter tornaram muito fácil para os empregadores listar inúmeras vagas e para os candidatos a emprego enviarem inúmeros currículos. O problema é que eles também tornaram muito fácil que esses currículos nunca sejam vistos. O software baseado em inteligência artificial verifica os currículos em busca de determinadas palavras-chave e critérios. Se não conseguir localizá-los, o software apenas filtra essas pessoas."
Como disse o CEO de uma dessas plataformas de coaching de carreira, "você não está sendo rejeitado, apenas não consegue superar a tecnologia".
2021 é o ano do podcast. Assim com foi em 2019 e será em 2023. Mas essa mídia, que já chega a quase 30 milhões de ouvintes por mês, viu recentemente um boom de programas dedicados à música.
Com o auxílio de funcionalidades como o Música+Papo, do Spotify, que permite a interação com o acervo musical da plataforma sem causar problemas com licenciamento, é possível alternar conversas com canções e transformar os episódios em verdadeiros programas de rádio.
Alguns dos podcasts indicados, com diferentes formatos e conteúdos, mas ainda assim dentro do universo musical são:
Ricardo Alexandre posta semanalmente a história de um álbum clássico do rock ou do pop.
O trio Benjamim Back, João Marcello Bôscoli e André Barcinski abrem a roda do boteco com improviso, mas muito conteúdo musical.
Letrux e Leilah conversam sobre como as letras de músicas se relacionam com situações das nossas vidas.
André Barcinsk, André Forastieri e Paulão sempre recebem um convidado especial para falar sobre música e entregar uma playlist de muito bom gosto.
Na Billboard, o retorno às paradas pops de músicas baseadas em guitarra, graças a artistas como Olivia Rodrigo e Machine Gun Kelly.
"Recentemente, os diretores de programas pop notaram um apetite crescente por singles de rock e guitarra em vez de faixas pop rítmicas. Assim como Måneskin cruzou a fronteira do pop, o mesmo aconteceu com Machine Gun Kelly , que ajudou a liderar um renascimento do pop-punk".
Aliás, o quarteto italiano Måneskin é o novo "salvador" do rock, segundo a imprensa especializada.
Aqui, "mais do que estar no lugar certo na hora certa (justamente quando o rock, ou o pop punk, volta às paradas com fenômenos populares como Olivia Rodrigo e Machine Gun Kelly), a Måneskin reúne aquilo que conhecemos por rock historicamente e insere tudo no nosso zeitgeist".
E aqui também, "No início, a banda seguia um estilo mais pop rock e alternou para hard rock no decorrer dos álbuns. Além das músicas dos anos 70, Måneskin se inspira muito em artistas como Led Zeppelin, David Bowie, Artic Monkeys, Red Hot Chili Peppers, Bruno Mars e Harry Styles".
O documentário "Schumacher", lançado esse mês pela Netflix é, antes de tudo, uma homenagem ao piloto de Fórmula 1 que em 2013 sofreu um gravíssimo acidente numa pista de esqui nos Alpes Franceses.
Schumi, como era chamado pelos amigos, ganhou 91 GPs, subiu ao pódio 155 vezes, fez 68 poles, liderou 142 dos 306 GPs que disputou e conquistou sete títulos mundiais.
Neste belo texto, Flavio Gomes - repórter que cobriu os anos de ouro do piloto alemão - fala um pouco sobre quem era o Schumacher dos bastidores.
"Quase todas as vezes que vi Schumacher ele estava sorrindo. Não é muito difícil entender por quê. Nos primeiros dias, chegava à Fórmula 1 meio por acaso espantado, feliz, quase incrédulo. Logo depois estava com um carrinho melhor, e já no ano seguinte vencia sua primeira corrida, e um pouco adiante já era bicampeão mundial. Aí, desembarca na equipe mais popular do planeta, abraça um desafio que não era para qualquer um, tira o time da fila, conquista cinco títulos vestido de vermelho, vira um deus para a torcida mais apaixonada do mundo, e quando decide parar está plenamente realizado. Num gesto de gratidão, volta três anos depois para emprestar sua sabedoria a quem lhe deu a primeira chance, faz o que tinha de fazer e sai de cena sob aplausos calorosos de todos.
Para quem catava pneu usado no lixo para correr de kart na pista em que o pai era uma espécie de gerente-zelador, puxa vida… Era, sim, o caso de olhar para trás e dizer: acho que sou um cara feliz. E gente feliz sorri."
Você consegue acreditar que esses albuns estão completando 30 anos em 2021?
E que os três últimos da foto foram lançados no mesmo dia? Blood Sugar Sex Magic, Badmotorfinger e Nevermind fazem aniversário exatamente hoje, 24 de setembro. Que dia!