"Aprendi muito sobre mim. Coragem, resiliência, como dizer não e falar por si.”
Está no ar a edição 006 da 3x4. Simone Biles e seus fantasmas, como você ouve música?, a última sobre Round 6, uma dica para ajudar no foco e mais.
Mais do que as medalhas, o espírito ou as comemorações, as Olimpíadas de Tóquio ficaram marcadas pelas preocupações com a saúde mental dos atletas.
E quem trouxe esse tema à tona foi, talvez, a maior atleta de sua geração. Simone Biles já tinha conquistado 5 medalhas olímpicas na Rio-2016 (4 ouros e 1 bronze), era a maior campeã mundial da história, com 19 ouros, 3 pratas e 3 bronzes e tinha 4 movimentos da ginástica com seu nome antes de chegar à Tóquio.
Sua desistência, com a competição já em andamento, chocou o mundo. Para a 'The Cut', Biles relatou pela primeira vez suas sensações naqueles dias.
'Ela embarcou no vôo para Tóquio com confiança. Mas havia variáveis que ela não previu desta vez: teste COVID, casos inovadores. “Não havia multidão, nem pais”, explica ela. Seria mais difícil, mentalmente, entrar no jogo. Assim que ela chegou, a ansiedade se instalou. Tudo ficará bem, pensou, mas ela tinha uma sensação incômoda de que as coisas não estavam bem. Os treinadores passaram por conversas estimulantes típicas, lembrando a cada pessoa de seu propósito único na equipe, mas as palavras não estavam chegando nela da maneira que costumavam fazer. “Antes disso, fiquei cada vez mais nervosa”, diz ela. “Não me sentia tão confiante como deveria com os treinamentos que tivemos.”
“Digamos que até os 30 anos você tenha uma visão completa”, diz Biles. “Uma manhã, você acorda, não consegue ver nada, mas as pessoas dizem para você continuar e fazer seu trabalho diário como se você ainda tivesse visão. Você estaria perdido, não é? Essa é a única coisa com a qual posso relacionar. Faço ginástica há 18 anos. Eu acordei — e perdi o controle. Como vou continuar com o meu dia? ”
“Todo mundo pergunta: 'Se você pudesse voltar, poderia?' Não. Eu não mudaria nada porque tudo acontece por um motivo. E aprendi muito sobre mim mesma — coragem, resiliência, como dizer não e falar por si mesma.”
Tá bom, eu sei que essa semana você já foi inundado e provavelmente deve estar cheio de ler sobre 'Round 6', a série sul-coreana da Netflix que está prestes a se tornar a mais assistida da história da empresa de streaming.
Maaaassss, a Vulture publicou uma entrevista muito interessante com a estrela da série. Sim, ela mesma. A boneca da batatinha 1 2 3. Que atende pelo nome de Chantal.
"Eu queria ser ator desde que era jovem. Ser uma boneca robô de três metros foi muito difícil para mim, especialmente na escola primária. Crianças podem ser realmente cruéis. Eu simplesmente nunca me encaixo - às vezes literalmente! [Risos]
Bem, eu nunca fui uma pessoa confrontadora, então mesmo ela sendo uma máquina cruel de matar humanos, parte disso era ... eu não sei, catártica? Isso apenas me levou de volta aos meus dias de escola primária. Talvez seja a realização de um desejo! [Risos]. Fui inspirado por ela - seu foco, a maneira como ela ocupa espaço. Ao mesmo tempo, ela está tão presa quanto os concorrentes, então é complicado. É um papel importante. Quero dizer, antes disso, eu costumava ser rotulada como uma boneca fofa e burra".
Na última news, falamos sobre o quanto a facilidade de aplicativos como Spotify e Kindle tiraram a emoção de colecionar itens físicos. E nesse semana me deparei com essa StreetArt íncrivel do americano Eric Burke, intitulada “Vinyls”
Na semana que tivemos a oportunidade de reaprender a fazer coisas esquecidas, com uma ligação ou um SMS, e aproveitando esse artigo da Pichtfork, sobre como ouvimos música nos últimos 25 anos, te faço uma pergunta:
Sem dizer sua idade, por quantas revoluções na forma de ouvir música você já passou?
Por aqui, admirei os discos de vinil do meu pai, que iam de Guilherme Arantes à Queen. Gravei fitas cassetes de músicas que tocavam no rádio para ouvir no walkman. Fiz uma coleção com mais de 500 cd's para ouvir no diskman e em um aparelho de som com entrada para 3(!) disquinhos, e hoje meu consumo de música é basicamente todo no celular.
Posso dizer que fui um privilegiado por ter todos esses eletrônicos à disposição na juventude.
Agora é sua vez. Conta aí pra gente nos comentários...
O livro 'A Heroína de 1001 Faces' busca preencher uma lacuna não explorada na Jornada do Herói: o papel das mulheres como protagonistas das histórias.
Em entrevista traduzida pelo Estadão, a autora Maria Tatar, professora de Harvard, considera seu livro um complemento às ideia de Joseph Campbell.
“Mesmo que meu título sugira que estou escrevendo uma contranarrativa ou talvez o atacando, penso nele como uma sequência.”
Tatar passou a estudar as personagens presentes em mitos clássicos, narrativas folclóricas e cultura moderna em busca de meninas e mulheres - algumas silenciadas e algumas esquecidas, algumas da Ilíada e algumas da Netflix - que vivem no ponto cego de Campbell.
Seu objetivo é elevar as vozes das mulheres - encontrar as heroínas. “A parte do silenciamento era apenas a metade, porque as mulheres realmente encontraram formas de se expressar,” ela disse. “Você só precisa reconhecer os instrumentos que elas utilizavam.”
“O artista cria e produz. E ele mesmo vende, publica, põe no mundo. Para isso pode até contar com o apoio de um financiamento coletivo, mas quem está no comando é ele, sem editor, produtor, chefe. Se isso soa tão anos 2000, quando a produção artística e cultural ganhou um empurrãozão de novas tecnologias e de práticas como o crowdfunding, já era algo comum pelo menos 30 anos antes, quando os punks lideravam a contracultura.”
Na Gama, uma análise sobre a filosofia do Do It Yourself — a ideia do “faça você mesmo”, que o movimento punk dos anos 70 viveu com tanta paixão.
O Explosions in the Sky é um quarteto de Post Rock formado em 1999 na cidade de Austin, Texas. O som da banda é aquele instrumental/atmosférico perfeito como trilha sonora para seus momentos de foco, seja no estudo ou trabalho.
O grupo acaba de lançar seu novo álbum, Big Bend, que é a trilha sonora de “Big Bend: The Wild Frontier of Texas”, nova série documental da PBS, rede de TV educativa dos Estados Unidos.
A capa, como qualquer outra de Post Rock, é sensacional. E o disco, que você pode ouvir no Spotify aqui, vale sua audição.
Que news boa de ler ! Sobre como eu escutei música desde que me entendo por gente e comecei a viver música.... usava diskman, baixava de comunidades intituladas 'discografias de A a Z' no finado orkut (bons tempos), ouvia música de coleções que meu pai comprava já prontas em pen drive, muitos e muitos cds - agora só escuto música praticamente pelo celular